Tem uma caveira aqui
Sentada olhando pra mim
Vezes e outro sorri pra mim
Desconfio que esta caveira,ficou sentada nesta cadeira
a vida inteira.
Aonde eu vou ,ela vai comigo
Estranho tenho notado sua presença a vida inteira
As vezes penso e pura besteira.
E isso que sou um caveira ,por detrás de um corpo de carne que se sabe e só isso que sou
Tenho um coração ,amor ,ódio ou solidão
Milhões de segredos ,virtudes e medos
Qualidades e defeitos.
Sinceridade creio que nunca passei de uma caveira mas e a minha alma ?
Calma que tudo se aquieta e se responde
Minha alma e o que faz de mim poeta.
E que me faz descrever ,sorrir ou chorar
E quem faz essa caveira não ser apenas um livro em branco sem palavras
Nunca passei mesmo de uma caveira
Sentado numa cadeira vigiando a vida passar ,entregando meu pensamento ,um insulto ,um crítica ,em vulto sem sentido qualquer
Tenho receio assim de qualquer jeito ,
a qualquer maneira ,de enxergar que tudo que sou é apenas uma caveira ,
que passei a vida sendo uma caveira ,com um monte de ossos
Dizem que as caveiras passam deixam de existir e viram pó
Pobre de nós, pobre de mim tanto querer bom ou ruim esse é o fim.
Estou desconfiado ,e não devo demorar concluir ,que tudo que passei nesses 36 anos
foi ser um insignificante mortal ,nada mais que uma pobre infeliz caveira .
sentada por anos e anos numa cadeira.
Karl Maybe
Cidade Dos Poemas
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LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998