Noite viva,
alegria outra vez
minha fatídica,
ilusão
Aqueles beijos,
abraços, inverno.
Se foi
real a verdade, real foi o sonhar.
Foi
imaginar o futuro, ver que o passado não existe mais.
As Manhãs
eram mais claras, e longas,
e os
amores eram mais curtos e incertos.
E Até o
breve soar do destino, era viagem a despedida
Algumas
manhãs eram utopias, outras noites eram fantasias,
que
vestiam nossa mente nua.
Nossos
monstros eram o medo, as doenças, e a morte.
Com os
dias vimos a velhice assassinar nossa juventude.
Nossos
filhos cresceram foram embora pra bem longe
tiveram
filhos, se tornaram donos de si mesmos.
E com o
tempo Clarice embarcou numa viagem sem volta,
suspirou
fechou os olhos e partiu.
Ficando
apenas eu, memórias, saudades,
o céu
solitário de estrelas, e as noites vivas, vazias.